Francisco, o papa, parafraseia Francisco, o de Assis, no título de sua mais recente encíclica, Fratelli Tutti, em que recupera a fraternidade como valor central das relações não somente entre os humanos, mas entre os humanos, todas as demais espécies e o planeta. Nesse sentido o documento é, ao mesmo tempo, o testemunho de um mundo ferido e uma lúcida proposição de caminhos para enfrentarmos os dilemas contemporâneos a partir de uma visão que tem o amor e o cuidado aos mais vulneráveis como pano de fundo.

Rubens Ricupero na Unisinos (Foto: Rodrigo W. Blum | Unisinos)
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, Rubens Ricupero faz uma análise da nova encíclica do papa Francisco. “Sentia-se a falta de uma nova grande síntese que refletisse sobre as profundas transformações que ocorreram no contexto social do mundo desde os fins do século XX: o desaparecimento da União Soviética e do comunismo real, a globalização, a revolução digital, o aquecimento global, a crise financeira de 2008, a pandemia”, pondera Rubens Ricupero. “Num mundo órfão de lideranças à altura dos desafios, onde os chefes dos mais poderosos países da terra encarnam o que há de pior na natureza humana, Francisco confirma em definitivo que representa hoje a consciência moral e intelectual da humanidade”, complementa.
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