Após os Estados Unidos determinarem o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas, em mais um elemento da escalada de tensão vivida pelos dois países, as relações entre as potências devem piorar até as eleições de novembro. A avaliação é do diplomata e ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos Rubens Ricupero. “O episódio do fechamento do consulado é grave, mas está dentro de uma escalada da posição americana de confrontar a China cada vez mais”, afirmou.
Na terça, o governo americano acusou dois chineses de espionagem para roubar informações sobre uma vacina contra o novo coronavírus. Nas últimas semanas, o governo americano tem estudado a possibilidade de proibir viagens para membros do Partido Comunista e suas famílias aos Estados Unidos, uma medida que poderia afetar 270 milhões de pessoas. E os países também entraram em conflito por conta da lei de segurança nacional de Hong Kong.
Para Ricupero, que também foi ministro da Fazenda e do Meio Ambiente e hoje é diretor da FAAP, a disputa com a China deve ser uma das principais plataformas da campanha para a reeleição de Donald Trump, hoje atrás do ex-vice presidente Joe Biden nas principais pesquisas. “Trump não tem outra arma tão potente como essa e vai explorá-la o máximo que puder”. Clique aqui para ler a entrevista completa.
Entrevista publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 23/07/2020, acesse a versão impressa aqui.